Uso de Libras possibilita acessibilidade em espaços culturais da Uerj

Os espetáculos contam intérpretes da Língua Brasileira de Sinais desde Fevereiro de 2023

Repórter: Hiago Soares

Editor: Sabrina Jacob

Teatro Odylo Costa, filho localizado no campus Maracanã da Uerj - Foto: George Magaraia

A Divisão de Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), por meio da parceria com o Laboratório de Acessibilidade Cultural (LAC), adaptou seus espetáculos à interpretação de Libras em 2023. A medida foi um modo de tornar os espaços culturais do campus Maracanã cada vez mais acessíveis aos alunos.

Quando utilizada em mostras culturais na Uerj, a Língua Brasileira de Sinais se torna uma ferramenta de inclusão aos estudantes com deficiência auditiva da Faculdade, possibilitando uma comunicação e entendimento entre o receptor e o ouvinte.

O coordenador do LAC, Raphael Arah, de 34 anos, explica a importância da Libras nas apresentações. “A implementação nos teatros da Uerj é fundamental para alcançar um público irrestrito. Faz com que os presentes disseminem e convidem mais pessoas da comunidade surda para desfrutar a programação”, Atualmente, a Divisão é responsável pela administração dos teatros Odylo Costa, filho; Noel Rosa e a Concha Acústica Marielle Franco.

De acordo com Arah, apesar da implementação da Língua, há uma barreira na contratação de intérpretes por conta da falta de verba disponibilizada pela Uerj. “Existem desafios como o orçamento da Universidade Pública, que ainda não tem um orçamento específico para acessibilidade, não tem uma política de sensibilidade própria como a UFRRJ, por exemplo”, ele completa.

O Artigo 42 da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), assegura que quaisquer pessoas com deficiência têm direito à cultura, assim como os demais indivíduos, sendo dever do poder público a eliminação de qualquer barreira ao alcance.

Outro problema apontado pelo coordenador, são as barreiras da atitudinais. “A falta de conscientização das pessoas da própria Uerj em lidar com pessoas com pessoas com deficiência e sem entender que algumas coisas precisam ser ajustadas”, conclui Raphael. No mês de setembro, ocorreu o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, com o propósito pela conscientização sobre as dificuldades que PcD 's lidam no acesso aos seus direitos, incluindo cultura e lazer.