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Rio inaugura Arena Gamer como ambiente de inclusão digital

Espaço destinado aos jogos será primeira arena pública de eSports da América Latina


Repórter: Diego Figueiredo

Editor: Gabriel Amaro


Arena Gamer fará parte de vários programas já existentes da Nave do Conhecimento - Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro

A Prefeitura do Rio de Janeiro abrirá as portas da primeira arena pública de esportes eletrônicos da América Latina no dia 12 de novembro. A Arena Gamer pretende servir como palco para competições de pequeno porte e torneios regionais de variadas modalidades de eSports. Situado dentro da Nave do Conhecimento do Engenhão, em Engenho de Dentro, Zona Norte da cidade, o espaço tem capacidade para acomodar 100 pessoas.


Chandy Teixeira, coordenador-chefe de Games e eSports da Prefeitura do Rio, enxerga o projeto como um meio de promover inclusão digital e abrir novas oportunidades de emprego. “A Arena Gamer é uma espécie de incentivador do esporte eletrônico, é um espaço de inclusão para que seja possível levar os games a todo o extrato da população. Além de um ambiente de oportunidades para uma nova economia criativa, para o técnico de T.I que vai operar os computadores, ou o advogado que vai regular as competições.”


O local conta com um estúdio de transmissão de livre acesso para a cobertura de eventos de eSports, camarins individuais para os times e uma área reservada para a equipe técnica. O espaço do público é equipado com arquibancadas, um telão de LED e um palco onde os jogadores competem. A Arena Gamer ficará aberta para a comunidade gamer organizar seus próprios torneios e para novas equipes que não têm condições de construir uma infraestrutura de treinamento própria.


Simulação da Arena Gamer - Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro

De acordo com Teixeira, a inauguração da Arena Gamer é um movimento estratégico para transformar o Rio de Janeiro na capital brasileira dos esportes eletrônicos. “O prefeito deixou clara a minha missão: transformar o Rio de Janeiro na capital nacional dos jogos eletrônicos. Abrir a primeira arena gamer da América Latina é um grande passo para ser referência no mercado dos games e atrair mais eventos internacionais. Além de fomentar o turismo na cidade e conseguir investimentos para fazer a economia rodar como um todo.”


Para Gabriel Pena, morador do Rio de Janeiro de 24 anos, o espaço vai facilitar o contato presencial com esportes eletrônicos. “Todas as competições que eu assisto são sediadas em São Paulo, é difícil ter que pagar a passagem do ônibus e o ingresso do jogo para me sentir mais próximo da comunidade."


Ele enfatiza o desejo de ver mais pessoas se profissionalizando como jogadores. "Com esse projeto, apesar de não ter idade e nem habilidade para ser um jogador profissional, vai ser legal ver muita gente entrando em contato com o eSports pela primeira vez e talvez realizar o sonho que eu não pude.”


No entanto, a ex-ministra do Esporte, Ana Moser, já declarou publicamente que não considera os eSports como um “esporte verdadeiro”, comparando-os a formas de entretenimento. Teixeira contrapõe essa visão, reiterando que a Prefeitura do Rio reconhece os jogos eletrônicos como um esporte legítimo e como uma parte importante da cultura local.


A questão de considerar jogos eletrônicos como esportes ainda divide opiniões. A psicóloga Alessandra Dutra, ex-integrante do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) disse, em entrevista ao Globo Esporte, que não existe entendimento em relação ao que caracteriza a prática esportiva. “Há aqueles que consideram o esporte só aquilo que demanda esforço físico. Já outros especialistas acreditam na vertente de que o desgaste físico também configura um esporte, como xadrez ou Fórmula 1.”


Ela também explicou o motivo da comparação com o entretenimento. “O preconceito vem porque a história com o entretenimento é forte. A rotina do jogador profissional é pesada e completamente diferente do cotidiano de alguém que joga para desestressar.”




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