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Bruna Silva

Projeto ‘Saúde Pública Carioca Dá o Papo tem previsão de lançamento para 2024

Iniciativa busca reduzir demanda de pacientes nas unidades de emergência da cidade


Repórter: Bruna Silva

Edição: Larissa Mafra


Apresentação do “Saúde Pública Carioca Dá o Papo” para o Secretário de Saúde - Foto: Instagram oficial de Daniel Soranz

O cenário de superlotação e horas de espera nos hospitais de emergência e unidades de pronto atendimento (UPA) do Rio de Janeiro pode estar próximo de mudar. Servidores do Programa Líderes Cariocas do Instituto Fundação João Goulart, vinculado à Secretaria Municipal da Fazenda e Planejamento, idealizaram o projeto "Saúde Pública Carioca Dá o Papo", com o intuito de facilitar o acesso à informação e aliviar a pressão sobre essas unidades de saúde.


De acordo com Virgínia Santa Rosa, uma das idealizadoras do programa, a falta de conhecimento sobre onde buscar atendimento médico é um dos principais fatores que contribuem para a superlotação nos hospitais de emergência e UPAs da cidade.


Dados da Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência (SUBHUE) revelam que aproximadamente 80% dos casos atendidos nesses locais poderiam ser resolvidos em clínicas da família. “Nosso projeto é focado na comunicação, utilizando ferramentas com linguagem clara e objetiva, com o objetivo de apresentar a rede de saúde e seus fluxos à população, sem bloquear o acesso”, explicou Virgínia.

O grupo desenvolveu o "Dá o Papo", um jogo educativo sobre a Saúde carioca em forma de tabuleiro - Foto: Instagram oficial de Daniel Soranz

Já aprovado pelo Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, o plano tem previsão de lançamento para 2024. A iniciativa se desdobra em três ações fundamentais:


1 - Envio de SMS: os usuários do Sistema de Saúde (SUS) receberão mensagens de texto com informações sobre os serviços disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS);


2 - Transmissão de vídeos informativos: nas salas de espera das Unidades de Pronto Atendimento e Centros de Emergência Regional, vídeos serão transmitidos para orientar os pacientes e desestimular visitas desnecessárias aos hospitais de emergência;


3 - Jogo Educativo: O projeto também inclui a criação de um jogo educativo, destinado aos alunos do oitavo ano do ensino fundamental da Rede Pública, a ser trabalhado pelas equipes do Programa de Saúde na Escola. A ideia é promover o entendimento sobre a estrutura da rede de saúde e estimular a busca por atendimento adequado.


Outra questão que contribui para a superlotação é a expectativa de atendimento imediato. Uma técnica de enfermagem do Hospital Emergencial Rocha Faria, que preferiu não ser identificada, explica que o procedimento nas clínicas da família é lento: “É agendada a consulta com o médico, que encaminha para fazer o exame e depois o paciente retorna para receber informações sobre o medicamento”, detalhou.


Diante desse cenário, pessoas com diabetes e hipertensão, por exemplo, procuram os hospitais de emergência em busca de soluções rápidas. No entanto, as necessidades desses pacientes poderiam ser melhor atendidas em uma unidade básica de saúde.

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