A pista do Aterro do Flamengo é o principal alvo das reclamações dos esportistas
Repórter: Miguel de Paula
Editor: Bernardo Monteiro
O Skate se tornou um esporte olímpico, aprovado pelo COI, em 2015. A estreia da modalidade nas Olimpíadas ocorreu no ano de 2021, em Tóquio, na qual obteve um grande sucesso. Em solo nacional, a boa performance brasileira rendeu frutos e permitiu a difusão do esporte em maior escala dentro desse cenário.
Entretanto, mesmo com a proliferação de skatistas pelo Brasil, a qualidade ideal das pistas de skate ainda não é uma realidade dos praticantes. De acordo com o site “Skate.in.com”, há ao menos 10 skateparks no Estado do Rio de Janeiro, mas para os atletas nem todas elas têm boas condições para o uso.
Melhorias para aspectos como a qualidade do piso, detritos na pista, escoamento hídrico e a segurança do local são as principais reivindicações. Gabriel Luís Moura, assíduo frequentador da pista, reivindica melhores condições. O skatista relata:
“Anteriormente, a pista do Aterro já tinha seus problemas. As autoridades até fizeram uma obra para tentar resolver os problemas, mas não tiveram o cuidado de limpar o local após a obra, sempre tem terra, pedrinhas e entulho no local. Além disso, ainda tem buracos nas pistas que atrapalham nossa performance, correndo até risco de acidentes mais graves. Sei que quando chove não há a mínima condição de andar de skate, formam-se poças imensas.
Gabriel tem 22 anos e é um praticante do Skate desde sua infância. Ele demonstra ser um grande apoiador da cultura que envolve o esporte e se manifesta em prol da classe dos skatistas:
“As pessoas ainda nos menosprezam e o policiamento da pista do Aterro é muito abaixo do que se espera. São comuns os casos de assaltos por ali e a polícia não faz nada, fica mais preocupada em enquadrar os skatistas. Estão mais propensos a impedir a prática do esporte do que em proteger os frequentam o local”
O skate, em sua história, tem seus momentos de crise, bem como seus ápices. A prática já foi proibida em São Paulo nos anos 80, sendo liberada anos depois pela Prefeitura da cidade. Mas, também rendeu alegrias ao povo brasileiro, como a medalha de prata de Rayssa Leal, a fadinha, nas Olimpíadas em 2021. O desejo dos skatistas amadores é que seja possível ter um legado positivo do triunfo marcante para a modalidade conquistado em Tóquio.
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