O objetivo é garantir lugar na grade, a área mais próxima do palco, para os shows nos dias 9 e 10 de novembro
Repórter: Vitória Thomaz
Editor: Gabriel Amaro
A turnê “Soy Rebelde Tour” representa o reencontro do grupo musical RBD após 15 anos desde sua última apresentação. Os shows no Rio de Janeiro estão marcados para os dias 9 e 10 de novembro, no Estádio Olímpico Nilton Santos. O RBD foi criado a partir da novela mexicana “Rebelde” e é composto atualmente por Anahí, Dulce Maria, Maite Perroni, Christian Chávez e Christopher Uckermann. A ansiedade dos cariocas fãs do grupo começou em 6 de setembro, quando a primeira barraca foi montada em frente ao estádio.
Em contato com os fãs acampados no Nilton Santos, todos afirmaram estar lá pelo mesmo motivo: conquistar a tão sonhada grade. Esse espaço, mais próximo do palco, fica localizado no setor Pista Premium e permite que o público veja os artistas de perto. Por isso, muitos fãs se empenham por essa posição privilegiada.
Eles contam que o convívio no acampamento é muito agradável e amigável. Todos são organizados quanto à limpeza das barracas, trazem alimentos de casa ou se alimentam em restaurantes próximos, e mantêm uma relação amigável com os comerciantes locais. Quanto à segurança, os fãs afirmam que uma viatura policial está sempre próxima e que se sentem seguros.
A organização do acampamento é rigorosa, semelhante a uma rotina de trabalho: cada participante deve passar, no mínimo, 8 horas por dia acampando. Há seis barracas no local, e 30 pessoas se revezam em cada uma delas de acordo com um cronograma pré-estabelecido. A distribuição dos turnos é organizada através de mensagens online entre os fãs.
Caroline Cardoso, uma professora de 28 anos, está entre os fãs que acampam em frente ao Nilton Santos desde o início de setembro. Ela afirma que, apesar de algumas pessoas julgarem os acampados, todos são responsáveis e organizados para que ninguém tenha sua vida pessoal prejudicada. “Tem o revezamento, até porque ninguém consegue ficar aqui o dia inteiro. Todo mundo trabalha, todo mundo estuda, tem gente que já tem família, filhos, e aí a gente vai se ajudando.”
A professora comenta que já enfrentou julgamentos por sua paixão, mas aprendeu a lidar com eles: “Quem é fã sabe o que é querer estar perto (na grade), viver isso. Quem não é, chama de desocupado. E aí tem alguns que jogam uma piadinha ‘ah, vai trabalhar!’, mas vida que segue”.
Para ela, que é fã apaixonada da banda desde a infância, o RBD vale todo o esforço. Caroline comprou ingressos para os dois dias de show no Rio e está animada por estar cada vez mais próxima de realizar seu sonho. “O RBD é diferente. É um amor que eu tenho desde criança e, agora, vou poder concretizar esse sonho com meu próprio esforço e trabalho. Eu venci,” afirma.
Dedicação e emoção é o que move fãs do RBD
A estudante de design Maria Júlia Santos, de 19 anos, entrou para o acampamento na metade de setembro. Ela se considera fã desde sempre e ficou emocionada com o reencontro da banda. “Eu surtei, fiquei louca. Você já aceitou que não vai mais voltar, acabou, e aí eles voltam. É muito feliz”, diz Maria Júlia.
Ela conta que recebe muito apoio de sua mãe na rotina de fã: “Minha mãe entende completamente. Teve um dia que eu não pude vir porque estava trabalhando, e ela veio cumprir a escala pra mim. Fez amizade com a galera, foi muito legal”.
Anna Beatriz Gomes resume a motivação dos fãs. Ela se diz muito animada para o show e aguarda o tão desejado momento perto da grade. “Eu quero ficar ali bem perto, ver a Dulce Maria, ver os poros dela”, brinca a jovem de 19 anos.
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