Parte da torcida entende que a reposição poderia ser mais prejudicial do que a manutenção do técnico português
Repórter: Fernando Melo
Editor: Bernardo Monteiro
Quatro derrotas seguidas com o Bruno Lage no comando, foram o suficiente para a demissão do técnico. Apesar da má fase, Bruno Lage deixa o Botafogo ainda na liderança do Campeonato Brasileiro. Parte da torcida concordou com a decisão da diretoria, mas a escolha do sucessor tem gerado grande desconfiança da torcida.
Após a saída do comandante, o Botafogo anunciou que Lúcio Flávio, ex-jogador e membro permanente da comissão técnica do clube, seria o responsável por comandar a equipe até o final da competição. Para compor a comissão, o jogador recém aposentado, Joel Carli, assumiu a condição de auxiliar técnico. Apesar de certa desconfiança da torcida, na estreia do novo comando o alvinegro venceu o Fluminense e encerrou um período de 5 jogos sem vitórias.
Elton Carlos de Azevedo, morador do Centro-RJ e torcedor do clube preto e branco desde a infância, apresenta uma desconfiança em relação a escolha do técnico interino: “Não gostei da saída do técnico. Por mais que tenhamos vencido o time do Flu, eu acredito que o Lúcio Flávio não tem calibre para comandar o grupo ao título.” Elton também acredita que a troca de comandante vai atrapalhar no desenvolvimento do elenco, que terá que se adaptar ao “novo” e que isso pode atrapalhar no título do Brasileiro.
O desligamento do português tem repercutido entre os alvinegros, com aqueles que criticam a ação da diretoria de confiar a equipe para o interino Lúcio Flávio, enquanto outros que acreditam que a troca é necessária para voltar a boa fase.
Já Gabriel Lemos Cabral, 19 anos e apaixonado pelo Glorioso, se mostra contente com a decisão: “A demissão era necessária. O ex-técnico demonstra ser egocêntrico e queria implementar as coisas do próprio jeito, mudando o que já estava dando certo. Não é ao acaso que na primeira partida sem o português, o time anulou completamente o Fluminense”. Lemos ainda afirma que a saída de Lage impacta positivamente o elenco, pois, as decisões táticas de Bruno desgastam qualquer tipo de relação com o torcedor e a equipe.
O torcedor faz menção ao plano tático de utilização de jogadores improvisados em diversas posições. Essa estratégia tem sido atribuída a queda do rendimento individual e coletivo da equipe. O principal foco é o meio-campista Tche Tche, que nos últimos 2 jogos no comando do português, jogou em 6 posições distintas.
Lúcio Flávio e Joel Carli têm o respaldo da diretoria e jogadores e terão a missão de segurar a vantagem, que hoje é de 9 pontos para o segundo colocado, pelas últimas 12 rodadas. O Botafogo ainda possui confrontos diretos com 3 equipes do G4: Palmeiras, Bragantino e Grêmio e pode ver essa vantagem diminuir.
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