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Diego Figueiredo

Brasil projeta futuro na NBA com Gui Santos

Atualizado: 22 de nov. de 2023

Recém contratado pelo Golden State Warriors, o brasileiro é o único representante do país na principal liga de basquete do mundo


Repórter: Diego Figueiredo

Editor: Gabriel Amaro


Gui Santos foi draftado na 55° escolha geral no ano de 2022 - Foto: Divulgação/NBA

Gui Santos, aos 21 anos, é atualmente o único brasileiro confirmado para a temporada 2023/24 da NBA. O mais recente reforço do Golden State Warriors firmou um contrato de três anos, tornando-se o 19º jogador do Brasil na história da liga. A contratação de Santos impediu que, pela primeira vez em 22 anos, uma temporada se iniciasse sem um brasileiro. Com a transferência de Raul Neto para o basquete turco, o Brasil vê o fim de uma era menos destacada na NBA e deposita suas esperanças em jovens talentos como Samis Calderon e Reynan.


Diego Marcondes, jornalista da BandSports, acredita que Santos é só o primeiro da nova geração de brasileiros na melhor liga de basquete no mundo e destaca outros jogadores que acredita ter potencial: “Além do Gui Santos e do Reynan, existem alguns jogadores que considero especiais. Eduardo Klafke, que jogou na seleção sub-19 com o Samis, é um arremessador de três pontos que vai ajudar muito o Brasil no futuro. Kauan Raimundo, que tem 18 anos e joga no Corinthians. Mathias Alessanco que tem 15 anos e já faz parte da equipe principal do Real Betis da Espanha e Junior Kem que é suiço/brasileiro e joga na base do Barcelona, uma das melhores equipes europeias.”


Reynan dos Santos e Samis Calderon — agora sem vínculos com SESI Franca e NBA Academy, respectivamente — ingressaram na Overtime Elite, liga semiprofissional nos EUA, e aumentaram suas chances de serem observados por olheiros da NBA. Reynan pode entrar na NBA já no draft de 2024. Samis, no entanto, ainda tem uma data de entrada incerta, entre 2025 e 2026. 


A nova geração brasileira carrega a expectativa de alcançar o protagonismo que faltou à geração atual, representada por nomes como Raul Neto, Yago Matheus e Bruno Caboclo, que não conseguiram se firmar na NBA. Eles contrastam com os sucessos individuais e coletivos de jogadores dos anos 2000, como Tiago Splitter e Leandrinho.


Leandrinho conquista o primeiro título da NBA e prêmio de melhor sexto homem da temporada - Foto: Divulgação/NBA

Marcondes analisa que o basquete brasileiro ainda está distante das principais ligas, mas há esperança de que essa nova geração reverta essa situação, elevando o patamar do Brasil no cenário internacional. “A questão é que o Brasil está bem abaixo das grandes ligas e tem dificuldades para exportar jogadores úteis para as principais competições do mundo. Nosso melhor jogador tem jogado quatro minutos por jogo no Estrela Vermelha pela Euroliga. A expectativa é que a nova geração mude isso”, diz o jornalista.


Beatriz Chagas, torcedora do Golden State Warriors, confia que Gui Santos conquistará espaço na equipe e vê no jogador um modelo para futuros jogadores brasileiros aspirantes à NBA: “Ele vai conseguir o seu espaço no banco do Warriors e deve contribuir. Para ser titular, acho improvável. Deve ser um jogador importante vindo do banco. O legal disso é que o exemplo dele vai servir para o Reynan que está vindo já no ano que vem e outros brasileiros que sonham em se destacar na NBA."


Através de sua assessoria, Gui Santos afirmou não se sentir pressionado por ser o único brasileiro na NBA. “É um fato muito importante por poder representar meu país. Eu não levo isso para esse lado da pressão. Ainda tem muita coisa para acontecer pela frente e fico bem calmo em relação a isso. Quero levar o nome do Brasil cada vez mais alto e mostrar que temos garotos que podem integrar a NBA”, disse.


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